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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Todos os anos é a mesma coisa


Todos os anos chego à praia e logo no primeiro dia tiro a brilhante conclusão que não há corpos perfeitos. Há corpos de todos os tamanhos e feitios, mas nenhum deles perfeito.

Depois há dois tipos de pessoas: as que se envergonham do corpo que possuem e que - julgam - ver olhares reprovadores nas caras dos outros e as que se sentem bem consigo e não ligam ao que os outros pensam.

Durante muitos anos, eu fui do primeiro grupo.
Durante muitos anos eu achava-me a pessoa mais gorda e  disforme onde quer que estivesse.
Durante muitos anos, eu achava que via olhares reprovadores e, pior, de pena nas caras das pessoas que cruzavam o seu olhar com o meu.

E parecendo que não, essa insegurança nota-se na postura, no andar e até no olhar de cada um.

Apesar de já ter estado mais pequena, este ano orgulho-me de pertencer ao segundo grupo.

Sim, as minhas pernas têm bastante celulite, o meu peito é descaído, a minha barriga é flácida... mas eu não quero saber. Eu gosto de mim, tenho orgulho do que consegui, até onde cheguei, da pessoa que me tornei e caminho na praia sem vergonha. As pessoas que passam não olham com reprovação afinal, elas querem lá saber, cruzam-se comigo um segundo apenas.

A reprovação está na nossa cabeça e quando nos libertamos dela começamos a viver plenamente!

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